Hoje, 09/05/12, participei do Seminário O DIA - da Educação em
Movimento em parceria com a SME de
Duque de Caxias no auditório do teatro Raul Cortez. Foi uma manhã muito alegre,
proveitosa, esclarecedora e de muita aprendizagem para nós educadores. Vivemos o dia a dia na escola com grandes
preocupações e compromissos e muitas vezes esquecemos de refletirmos sobre o
nosso fazer e da importância de continuarmos aprendendo para ensinarmos melhor.
Bia Bedran compositora, cantora, atriz e educadora falou de
seu trabalho e comemorou conosco e com afeto, cantando e contando os 40 anos de
carreira dedicados a arte-educação. Falou do novo livro: A Arte de Contar História-Narrativa Orais e Processos Criativos e
leu para todos a introdução que foi sua tese de mestrado na UFF. Deu exemplo de
que precisamos continuar estudando. Ela afirma que ter o empírico embasado na
estruturação teórica é um compromisso que a autora devia ao seu público. Comentou
das barreiras e dificuldades no caminho, e disse que precisamos enfrentá-las para
obter a superação. Abordou a teoria do seu trabalho falando da importância da
palavra oral e de sua ancestralidade e contemporaneidade. “A narrativa oral é o
encontro da palavra com o outro”- diz Bia Bedran. Comentou sobre alguns
pensadores que foram fontes de estudos para a fundamentação de seu trabalho,
tais como: Walter Benjamin (Alemanha); Câmara Cascudo (Brasil); Gaston
Bachelard (França); Ítalo Calvino (Itália). A arte-educação gera exposição,
dança, trabalhos e obras de arte que nascem da narrativa do conto onde se
brinca, dança, fala e intrepreta. Este ludismo e criatividade aplicado à
educação aflora sentidos e favorece a aprendizagem no ouvir, sentir e ler com o
coração.
Gabriel Perissé é professor e escritor. Ele abordou o tema “Quem ensina também aprende –O
aperfeiçoamento humano como tarefa cotidiana”. Seu livro “A escola puxada e
outras histórias” fala que a arte de contar histórias torna o aprendizado mais
concreto e imediato. “Aprendemos quando as idéias se encarnam nos personagens, quando
vemos o abstrato em narrativas, quando o raciocínio se torna fábula”- diz o
professor. Sua conversa foi bastante lúdica e envolvente abordando situações do
cotidiano da vida escolar brasileira e da relação professor aluno, da família
com a escola e das duas como base para a boa formação do discente.
Sinalizou situações da prática docente e buscou refletir no diálogo com a
platéia sobre a importância do fazer do professor como “eterno aprendiz”. Cada
um de nós deve ter a sua “chave” para
abrir novos horizontes na arte de ensinar e aprender na escola e na vida.
Há anos na história da educação brasileira que nós
professores temos deixado que todos sejam porta vozes do nosso traballho. Porém,
precisamos acreditar que somos massa de vanguarda e para que a educação seja
transfomadora temos que pesquisar, nos conhecer melhor (autoconhecimento) e investir
na autoria de projetos como opção de vida.
Para acelerar nossa “importação” termo usado por Gabriel
Perissé (aprendizagem - adquirir bagagens) devemos ser amantes dos livros, das
novas mídias, ler as pessoas e o
ambiente para realizar uma aula viva com
“exportação” (ensinar o que aprendeu) fazendo pontes com o que está acontecendo
aqui e agora no nosso tempo de hoje. “O exportante tem que ser importante para
ter importância” – relata o professor.
“Todo ser humano é importante e exportante pois quem ensina sempre aprende”.Gabriel Perissé.
"A escola dá certo
quando a pessoa encontra seu ponto de conexão”- diz o professor Perissé para tal é preciso que o
professor esteja do lado do aluno
motivando-o a sonhar, a criar e a querer conhecer, a pesquisar para aprender
com o outro, com os livros, com o mundo, sendo
protagonista da sua história de
vida.
Os dois palestrantes valorizaram o trabalho do professor como
mediadores no compromisso do saber, do fazer e do acontecer.
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